«Urok Osheni», tradição e desenvolvimento

Técnicos e autoridades tradicionais juntaram-se para reforçar a governação participativa das ilhas Urok, no arquipélago dos Bijagós. Ambiente e populações saíram a ganhar.

O projeto «Urok Osheni», criado pela ONG Tiniguena e pelo Instituto Marquês de Valle Flôr, no arquipélago dos Bijagós, Guiné-Bissau, foi considerado pela União Europeia como um modelo para a região na proteção da biodiversidade e desenvolvimento das comunidades locais.

Esta iniciativa assenta no reforço do processo de governação participativa e na construção de um modelo de desenvolvimento sustentável.

A gestão do «Urok Osheni» inclui autoridades tradicionais e oficiais, representantes das comunidades, da ONG Tiniguena e de instituições de investigação. O resultado é visível na vida das comunidades através do crescente empreendedorismo local, na crescente escolarização dos jovens e na proteção da biodiversidade.

Um dos recentes sucessos foi o reforço da equipa de fiscalização, composta por membros das comunidades, que controla a pressão exercida pelos caçadores, pescadores e apanhadores de bivalves e decide sobre as infrações e violações ao equilíbrio do ecossistema.
O «Urok Osheni», que teve início em 2010 nas três ilhas Urok (Formosa, Nago e Chediã), segundo a ONG Tiniguena, «pode ser encarado como um projeto-piloto para o restante arquipélago dos Bijagós», com mais de 30 mil habitantes dispersos por cerca de 80 ilhas e ilhéus, que integra a Área Marinha Protegida Comunitária (AMPC) da Guiné-Bissau.

Sílvia Norte 



 
TOPO DA PÁGINA